3 de mar. de 2013

Relendo Walden


Na minha pré-adolescência/adolescência li muito, mas MOENTOOOOO! Era comum eu ler mais de um livro por semana e, geralmente, eu não os comprava, era sócia de bibliotecas. A que eu mais frequentava era a Biblioteca do SESI no centro de Porto Alegre.
Na idade adulta li menos, mas ainda assim, comparada à maioria da população, era uma leitora voraz.
Depois que entrei na pós (mestrado e doutorado) a quantidade de livros comuns caiu, até sumir, e os livros técnicos dominaram, até agora a minha vida. Eu estava louca de saudades de ler livros por prazer, simples lazer, e não porque iam me servir para meus trabalhos. Com o fim do doutorado à vista (*arf, arf, arf*) recomecei, aos poucos, à velha e boa rotina. De noite, antes de dormir, nem que seja uma página, leio meu livro descompromissado.
Estou relendo Walden de Henry David Thoreau e pasmo com a atualidade da indignação de Thoreau com a vida assoberbada e cheia de coisas não essenciais que seus contemporâneos levavam. Parece que só a forma mudou. Em vez de ferrovias, estradas e aviões; em vez de casas lotadas de coisas inúteis, casas e também apartamentos etc. 
As questões mais profundas do ser humano continuam as mesmas e parece que toda a nossa tecnologia e suposta onipotência sobre outros seres não conseguimos resolver. Nos voltamos para fora, em vez de levarmos uma vida simples e ararmos nosso interior.
É um livro que recomendo fortemente! Daqueles que, se eu tivesse que escolher poucos livros para manter comigo, este eu manteria.

Um dos poucos lugares nos EUA que eu gostaria de visitar: http://www.walden.org/ 

Um comentário:

É muito bom ler outras pessoas participando aqui mas, por favor, eu também quero comentar: retirem a verificação de palavras do blogue de vocês!
Obrigada!