Dia 16 de março vai fazer 1 ano em que as restrições devido à pandemia começaram a ser adotadas aqui no estado (Rio Grande do Sul). Eram 5 casos na cidade.
Confesso que eu não achava que chegaríamos até agora com esta gravidade e números de infectados. Pensei que, no máximo, no final do ano passado as coisas já fossem ir se acalmando. Tivemos um período de esperança quando as internações começaram a cair e ficamos semanas assim, em decréscimo. Bem...aqui estamos.
Eu me cuidei. Acho que única coisa em que estou falha é quanto ao exercício físico, mea culpa, mea máxima culpa! De resto, cozinhei coisas bem saudáveis (eu, cozinhando regularmente!), tomei sol medicinal sempre que possível (deficiência de vitamina D), fiz a maioria dos exames de rotina, só saí quando necessário (até me ensaiei em caminhadas, na fase de decréscimo, pensei que era uma retomada, ingênua eu...), uso máscara, já não gostava de gente desconhecida muito próxima e me tocando, agora então!
Sou forte, mas não sou duas. Aguentei bem até há pouco. Especialmente na última semana, senti o peso chegar. Começou depois que a fase de decréscimo dos casos virou. Primeiro um cansaço. Depois falta de concentração. Semana passada até fiz minhas obrigações, mas me arrastando. Fiz cursos sobre saúde mental discente (alunos), docente (professores) e geral, mas a maioria ficou muito na teoria, sabem? Eu queria mais dicas práticas de como lidar melhor com a situação e não, quando eu pergunto sobre a saúde docente, respostas do tipo: "ah, procurem o departamento de saúde que vai encaminhar vocês, já que nós não atendemos". Aham. Sei. "Maravilha". Ou aquelas respostas prontas: mantenham-se positivos, se alimentem bem, façam exercício...Estou fazendo tudo isso eeeee?
Ando dormindo mal, logo eu que sempre me gabei de dormir divinamente. A semana passada foi o auge. De acordar 2h30 e não conseguir dormir mais. Na verdade, o que perturba, e tenho que trabalhar isso, são as pessoas que jogam contra. Desde as autoridades que deveriam estar de mangas arregaçadas até os vizinhos do condomínio que não estão nem aí e saem sem máscara bufando na cara das pessoas. Cansa. Isso cansa! Hoje, dormi, mas acordei às 3h com muito barulho. Parecia um racha de motocicletas na rua, mais um vozerio que parecia uma festa. Revirei os olhos, respirei e, graças, consegui voltar a dormir.
E vamos que vamos, pois a lição é paciência em doses cavalares.
O mundo é fabuloso, o ser humano é que não é legal.
Ed Motta