27 de set. de 2010

Hortas e jardins: aproveitamento de espaços I

dá pra fazer de calhas ou bambu...


com garrafas PET e uma moldura (antiga, de demolição, de brique)


uma sapateira, genial!


este já exige algo mais sofisticado, mas talvez dê para improvisar com um armário
de metal antigo (?)


deve dar um trabalhão para regar, mas é belíssimo!

25 de set. de 2010

Hortas e jardins: aproveitamento de espaços II

dá pra fazer com aqueles baldezinhos de plástico ou mesmo com latas (fura e coloca um arame)


encontrando uma grade em algum ferro-velho, pode-se chumbá-la à parede


na própria construção de um muro, ou parede, pode se prever a colocação de floreiras (blocos vazados de cimento)


as treliças e paredes são a base de várias idéias:
- de fora a fora na parede (como esta da foto),
- simples, com ganchos, para pendurar os vasos ou floreiras,
- paredes com ganchos incorporados (impermeabilizar a parede),
- paredes com prateleiras diversas (fixadas ou de fora a fora),
- paredes com dois suportes de ferro, de fora a fora, e neles apoiadas as floreiras...
MIL IDÉIAS!

24 de set. de 2010

Oração do Milho, de Cora Coralina

Senhor, nada valho.
Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres.
Meu grão, perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada.
Ponho folhas e haste, e se me ajudardes, Senhor, mesmo planta de acaso, solitária, dou espigas e devolvo em muitos grãos o grão inicial, salvo por milagre, que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura.
Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo e de mim não se faz o pão alvo universal.
O Justo não me consagrou Pão de Vida, nem lugar me foi dado nos altares.
Sou apenas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre.
Sou de origem obscura e de ascendência pobre, alimento de rústicos e animais do jugo.
Quando os deuses da Hélade corriam pelos bosques, coroados de rosas e de espigas, quando os hebreus iam em longas caravanas buscar na terra do Egito o trigo dos Faraós, quando Rute respigava cantando nas searas de Boaz e Jesus abençoava os trigais maduros, eu era apenas o bro nativo das tabas ameríndias.
Fui o angu pesado e constante do escravo na exaustão do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante.
Sou a farinha econômica do proletário.
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam a vida em terra estranha.
Alimento de porcos e do triste mu de carga.
O que me planta não levanta comércio, nem avantaja dinheiro.
Sou apenas a fartura generosa e despreocupada dos paióis.
Sou o cocho abastecido onde rumina o gado.
Sou o canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece.
Sou o cacarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos.
Sou a pobreza vegetal agradecida a Vós, Senhor,
que me fizestes necessário e humilde.
Sou o milho..