Retomando as crônicas da Mel, contando um pouco da história desta minha companheirinha, segue um resumo dos tempos de Porto Alegre.
A Mel nunca foi uma gata arteira. E, como eu ainda não tinha consciência de que gato seguro é gato dentro de casa, ela tinha passe livre de ir e vir. Quase todas as noites saía e voltava de madrugada, entrava pela janela (tinha grades e eu deixava sempre com uma banda do vidro aberto para ela) e eu escutava ela ir direto para o pratinho de comida *roic, roic, roic*
Daquela época eu não tenho muitas fotos digitais, era o tempo da câmera com filme e tenho que escanear para ter em formato eletrônico.
Rara foto daqueles tempos, na janela da casa |
A maior proeza da Mel, além do seu desaparecimento logo que foi adotada, foi o quase afogamento. Era início de verão e eu de vestidinho, dentro de casa, no sábado. Minha casa era de fundos e murava com os vizinhos que tinham uma piscina de pobre, suja, cheia de limo, um nojo! A Mel costumava passear pelos muros e, de vez em quando, fazia incursões pelo pátio do vizinho [olha o perigo!].
Estou eu dentro de casa, quando escuto aquele miado longo, lá do fundo da garganta e nem pensei, foi meio instintivo, corri para o fundo da casa (um corredor de uns 30 cm) e vi! Vi a Mel naquela piscina coberta com limo verde e os dois cachorros da vizinha olhando com uma cara de curiosidade, nem latiam, estavam pasmados de ter um gato na piscina. A Mel batia as patas e eu já montei no muro, de vestidinho e tudo, me lanhei toda, mas ia lá! Quando estou com uma perna no meu terreno e uma perna no terreno da vizinha a Mel consegue alcançar a escada e sobe na beira da piscina. Fica lá, meio em estado de choque e os dois cachorros, ainda pasmados, só cheiram o limo que ficou em cima dela. Busquei a coitada, toda verde e imediatamente lavei e enrolei numa toalha. Ela meio paradona, era estado de choque mesmo. Tadinha, ficou uma meia hora assim!
Não sei se a saúde dela, meio cambaleante hoje em dia, é resultado desta vida meio vagabunda que ela levava.
Em todo caso, se salvou e deve ter um caderninho riscando as vidas porque, mesmo não sendo arteira, passou por cada uma!
Antes e depois disso, ela levou uma vida bem calma e rotineira em Porto Alegre pontuada com minhas viagens a trabalho em que ela, com seus sentidos aguçados, já sabia quando eu ia viajar e se mudava para a casa de minha irmã (no mesmo terreno) e quando eu chegava já descia as escadas e me acompanhava para entrar comigo e a mala. Super companheira! Depois, a única coisa que abalou nosso dia-a-dia foi a minha mudança para Florianópolis, mas isto é para o próximo capítulo de Crônicas da Mel.
Cris, embora não seja aficionada por gatos admiro o carinho de quem os cria. Vou aproveitar a deixa e postar no meu blog a história da minha irmã e de seu gato.Acho que vocês duas iam se dar muito bem. Vai lá e confere.
ResponderExcluirVou dar uma olhada
ExcluirLegal Cris, o passado da Mel lembrou-me de um semelhante com minha Apito, caiu na piscina da casa vizinha (bem limpinha)saiu e veio chorar na porta de casa, foi muito engraçado, toda molhada o porte dela que já era pequeno, ficou minúsculo!
ResponderExcluirEstou curiosa pelas outras crônicas.
Bjs
Pelo menos a piscina tava limpainha, essa da mh vizinha, só de olhar já dava angina hehehe
ExcluirQuanta aventura e que susto essa da piscina. Mel perdeu com certeza uma das vidinhas aí.
ResponderExcluirVou aguardar ansiosa as novas crônicas da Mel.
beijos
Fora uma vidinha riscada que eu nem vi, mh irmã me contou bEEEm depois: qdo a Mel caiu de cima do teto da garagem. Até aí são duas, se contar que ela conseguiu ser esgatada, três, mais a história de Floripa (aguardem próximos capítulos), quatro...*fundo musical: aquele reloginho do seriado 24 horas*
ExcluirÔ Melzinha! Cheia de histórias para contar né?
ResponderExcluirTenho que achar as fotos dela com um lagarto pra contar o estágio dela em Floripa, tomara ainda tenha as fotos...
ExcluirO problema é que alguns anos atrás ninguém tinha consciência de que os gatos deveriam ficar apenas dentro de casa, aliás, nem os veterinários falavam em castração! A Rutha com seus 15 anos teve uma vida muito livre até os 10 anos de idade, tinha liberdade de passar a noite fora e até trazia amiguinhos pra casa! Uma vez encontramos um gato embaixo da nossa cama de madrugada! Os meus 3 gatos podiam sair de casa, mas era uma servidão bem pequena, com apenas 3 acasas com terrenos grandes e eles frequentavam os outros quintais, brigavam com os gatos dos vizinhos e até com cachorros. Quando nos mudamos para esta casa não dava mais pra sair por causa do movimento da rua e o Martim ficou deprimido, teve que tomar fluoxetina por um tempo. Demorou mas todos entenderam que teria que ser assim. Agora a Rutha e a Pink vivem bem dentro de casa, mas a Rutha praticamente mora no quintal e só entra para comer. De noite tenho que caçá-la e trancá-la dentro de casa.
ResponderExcluirA Mel teve uma vida agitada e agora só quer paz e sossego!
Beijos
Laís
Espera até eu ir contando o resto da saga...
ExcluirEu até tinha comentado nesse post! Depois que eu vi vídeos no facebook de gatinhos nadando acho que não é tão difícil assim! O problema é que a Luna é pesada, quase 22 kg e detesta água. Eu nem sei o que faria no seu lugar, acho que não conseguiria pular o muro e enfrentar os cachorros mas muitas vezes achamos que não somos capazes e no momento necessário nem pensamos se é possível ou não, simplesmente fazemos! Eu já subi com uma escada no telhado para resgatar o Martim e tenho pavor de altura (e sangue)!!!! Naquele momento não senti medo nenhum!
ResponderExcluirA Rutha era uma libertária, tudo que ela queria era viver ao ar livre, fosse dia ou noite!