20 de set. de 2019

Patagônia 2019: introdução

Voltando a janeiro, assim como aquelas redações do tempo de escola, "minha férias"...
Tiro férias em janeiro e fevereiro, que coincide com as férias da universidade, e tinha sonho antigo de conhecer a Patagônia. Na verdade, vou confessar uma coisa a vocês, ando em um ânimo de ficar mais por aqui, América do Sul. Tem tanta coisa bonita em nosso quintal, estado, região, país e vizinhança! Vários são os motivos: longas viagens de avião estão me matando (cada vez mais imobilizados em um espaço minúsculo, parecemos gado, mas pagando caro), valorizar meu povo, realmente as belezas ocultas pertinho, dinheiro, conexão etc.
Então janeiro foi Patagônia e fevereiro 2020 vai ser Bonito, MS, Brasil.
...
Como eu estava cansada demais para planejar e fazer toda a função (passagens, reservas), resolvi ir por uma agência. Bem, ahn, talvez não tenha sido a melhor opção para meu estilo de viagem porque gosto de independência, de não ser guiada o tempo todo, de ficar presa, mas foi o que deu para fazer. Também foi uma viagem longa, 21 dias, mas conheci de cabo a rabo. Se eu voltar (bem possível), vai ser uma viagem mais curta, para lugares específicos e por conta própria.

Aspectos positivos
A viagem foi no ônibus mais confortável de minha vida, leito total, em assento único (sem banco do lado), uma delícia, isso sou só elogios!
A beleza é estonteante e vou ser bem específica: na fronteira entre Argentina e Chile. Do interior da Argentina para o Oceano Atlântico é desertão, tem gente que acha bonito até a aridez, mas eu não atingi este nível de evolução ainda. Eu que não sou de muito fotografar em viagens (prefiro olhar e apreciar com meus olhos mesmo), tive que tirar muitas fotos.
Boa comida.
Viagem de ônibus a gente conhece TODA a paisagem. Avião é bem mais rápido (nem dá mais para dizer que é confortável), mas a gente conhece pontos desconectados um do outro. Conheci toda a paisagem de uma ponta a outra.
Eram dois andares e, graças, fiquei no andar de baixo onde só tinha mais um passageiro (que se tornou meu parceiro de viagem) e o "guia". Para uma introvertida, isso é quase o céu!

Aspectos negativos
A maioria dos aspectos negativos se relacionam a ser uma agência de viagens:
- Tudo é muito corrido. Se eu trabalhasse na área de turismo, faria pacotes com menos lugares e mais desfrute e tempo livre.
- Podemos pegar um grupo bom...ou não! Por estarmos quase em um reality show, trancados com aquelas pessoas, se o grupo não é muito bom, danou-se! E meus comentários são: tem gente que quer viajar, mas ter a mesma coisa que deixou em casa, que não viaje então. Viagem é aventura. Pode furar pneu, pode o ferry boat que faz a travessia do Estreito de Magalhães fechar mais de 10 horas por causa do clima (verdade, aconteceu), e outros imprevistos. Tem que ter espírito aberto, mesmo para quem contrata agência, e tem gente que não tem, é chata, maleducada e tenta estragar as férias dos outros com reclamações. Viva minhas viagens autônomas, na minha, de boa!!!
- Turismo de massa é o fim! Tem gente que literalmente me empurrava para tirar fotos. Parece que as pessoas não curtem a paisagem, têm que tirar fotos como se precisassem provar que estiveram lá, que estão curtindo muito, que são descoladas por viajarem. Isso não tem NADA a ver comigo, então imaginem!
- E, o pior, é a sensação de brete (compartimento ou jaula, em forma de corredor, para reter bovinos, cavalos ou outros tipos de gado) que a gente tem, de ser constantemente guiada, não poder sair livremente, ter roteiro e tempo fixo. Foi isso que mais me marcou. Então, nas próximas férias, planejei que sejam mais curtas e vou aproveitar para descansar e relaxar, com passeios mais perto. Até para eu poder ter um tempo comigo, repensar minha vida, planejar e organizar as coisas, sabem?

Dicas
Fiquem entre a fronteira do Chile com a Argentina, ali TUDO é lindo e deslumbrante. No interior patagônico da Argentina é árido e sempre, eu disse SEMPRE, a mesma paisagem. E não é um pedacinho, são horas e horas. Tudo é longe. A Patagônia é imensa! Meu plano é explorar mais o lado chileno, futuramente. Minha experiência com os nativos foi boa, gente simples, acessível. Viagem é perspectiva, então alguém que tenha feito o mesmo roteiro pode ter uma impressão bem diferente, a minha foi essa.
Vale a pena, é perto (para brasileiros), não é caro, e para que aprecia a Natureza, é um banquete! 

2 comentários:

  1. Adorei tua SINCERIDADE! Valeram as dicas!
    Não aguento grupos e coisas todas marcadas, p programadas...Quero ser livre e ir e vir onde é quando queremos.

    Bjs,chica

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    Respostas
    1. Pois é! Tem uma viagem da mesma agência em janeiro próximo para o norte da Argentina (que quero muito conhecer), mas só de pensar...desisti!

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É muito bom ler outras pessoas participando aqui mas, por favor, eu também quero comentar: retirem a verificação de palavras do blogue de vocês!
Obrigada!