Ainda chego neste desapego ao bom e ao ruim. Dizem que os iluminados caminham no mesmo passo, seja no inferno ou no céu. Eu ainda me perturbo com más atitudes dos outros. Não são minhas, afinal. Pelo menos, me perturbo cada vez menos (na intensidade e na duração...).
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Uma linda garota da vila ficou grávida. Seus pais, encolerizados, exigiram saber quem era o pai. Inicialmente resistente a confessar, a ansiosa e embaraçada menina finalmente acusou Hakuin, o mestre Zen o qual todos da vila reverenciavam profundamente por viver uma vida digna. Quando os insultados pais confrontaram Hakuin com a acusação de sua filha, ele simplesmente disse:
“É mesmo?”
Quando a criança nasceu, os pais a levaram para Hakuin, o qual agora era visto como um pária por todos da região. Eles exigiram que ele tomasse conta da criança, uma vez que essa era sua responsabilidade.
“É mesmo?” Hakuin disse calmamente enquanto aceitava a criança.
Por muitos meses ele cuidou carinhosamente da criança até o dia em que a menina não agüentou mais sustentar a mentira e confessou que o pai verdadeiro era um jovem da vila que ela estava tentando proteger.
Os pais imediatamente foram a Hakuin, constrangidos, para ver se ele poderia devolver a guarda do bebê. Com profusas desculpas eles explicaram o que tinha acontecido.
“É mesmo?” disse Hakuin enquanto devolvia a criança.
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Desapegar-se leva tempo, também busco isso.Por outro lado, penso que se deixarmos de nos indignar com as coisas erradas e vibrar com as boas, podemos nos tornar apáticos, não sei, talvez a questão seja a medida.
ResponderExcluirBoa semana! A propósito, também estou achando o face meio chato.