30 de abr. de 2014

Provável luz no fim do túnel

Normalmente, as pessoas pensantes têm algumas dúvidas, crises e metamorfoses mais ou menos doloridas durante a vida. 
Isso só é problemático se a pessoa não aprende com a crise. Fazer a cabeça pensar, usar a intuição, questionar é sempre válido para sermos mais felizes nesta vida que, afinal, é a que temos. Por que não ser feliz, então? Muitas vezes não se consegue um caminho reto, curto e sem obstáculos para o que nos faz mais realizados, mas exatamente as curvas, o superar obstáculos é que nos leva a um caminho mais interessante à luz no fim do túnel.
(ando filosófica, né?)

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27 de abr. de 2014

Síndrome de abstinência de natureza

Sinceramente?
Estou cansada das poses e dos compromissos obrigados.
De vender minha alma e meu tempo na terra por um salário fixo.
De não saber o que eu quero, ou de saber e ser algo tão simples e tão maluco que iria revolucionar a minha vida.
A indecisão cansa e esgota.
Vou ser sempre um ser tão inquieto e sem pouso?
Sou um bicho do mato mesmo, sempre me sentindo mais à vontade por trás das árvores e das pedras.
O blá blá blá das pessoas, eu não aguento mais; é muita superficialidade!
Sou um bicho do mato. Quero o sol nas plantas de manhã. Quero as mãos sujas da terra. Quero o caminhar ao som do vento e dos galhos balançando. Quero o cheiro de pão caseiro se espalhando no ar. Quero sentar e ficar assim muito tempo, contemplando, tanto tempo que os animais da mata nem me estranhem mais. Quero o lugar pequeno, limpo, onde as pessoas se conheçam e conservem onde vivem. Quero gente gentil, entre si, e com os irmãos animais.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUxxIr2QO9HQ31ACu26pm83-nn-yf3Agx5UEBjKMmGF48MaTSnjO1ak1Q2GAopmTE2Kjpju7kQMD_swYZDfbqyA0zUvKJuDUCcsjb3ooVZC1C5Wh8LPpBI0CNtPpeiVlWc5xEO9FQLCknl/s1600/bicho+do+mato+Tiradentes_blog.jpg

19 de abr. de 2014

COMO IDENTIFICAR UM ILUMINADO

Texto muito bom! Não concordo com tudo, mas quase tudo. O principal é que a gente é responsável por nosso próprio caminho espiritual e não devemos achar que outros são sobre humanos e por isso conseguiram.

...

Você seria capaz de reconhecer um iluminado caso se encontrasse com um ? Já pensou que pode haver iluminados vivendo muito próximo a você, talvez, na mesma rua, bairro, cidade ou país? Mas, como reconhecê-los? Existe algum “critério infalível” que nos permita reconhecê-los? Será que os autoentitulados iluminados o são realmente? Todos os iluminados tem grandes missões no mundo assim como Buda, Cristo e outros mais? Não seria importante refletirmos sobre essas questões?

Primeiramente, temos que definir o que se entende por "Iluminados". Iluminado é aquela pessoa que compreende claramente a essência das coisas. É aquele indivíduo que sabe diferenciar o que é verdadeiro do que é falso. É que "despertou". Livrou-se do sono da ignorância e ilusão . É o homem que acordou para a Verdade e não vive mais de enganos, ou mentiras. É o ser liberto da dor psicológica e do desejo de ser, não ser, ou vir-a-ser. Vive na Eternidade, na dimensão do Desconhecido, do Atemporal, além das limitações do pensamento e da prisão do EGO.

Sendo assim, pode ser que o Iluminado não se encaixe em nenhuma das nossas classificações mentais ou convenções sociais. A imagem que geralmente se tem de um iluminado é a de uma pessoa desapegada, calma, serena e amorosa. Em geral, despojada dos vícios e imperfeições humanas. Na verdade, tudo isso são imagens estereotipadas, criadas por nossos desejos e idealizações. Estas imagens, podem ser fantasiosas e , em alguns casos, podem não corresponder à realidade.

Começando por Jesus Cristo, percebemos que ele era, aparentemente, uma pessoa absolutamente comum. Nós, muito provavelmente, não seríamos capaz de identificá-lo como sendo um Avatar. Não havia sinais externos. A Bíblia nos informa que "nem mesmo seus irmãos criam nele” (João 7:5 ) .Ou seja, mesmo as pessoas mais íntimas , que conviveram com ele, viram nele algum sinal que o identificasse como um ser superior. Além disso, Jesus manifestou em sua vida terrena, muitas das características humanas consideradas “imperfeitas” tais como raiva, tristeza, solidão, dor, sede, fome etc. Enfim, dificilmente Jesus se encaixaria em qualquer dos nossos padrões estereotipados sobre os iluminados.

Buda, talvez, seja o que mais se aproxima da imagem estereotipada que se criou sobre ele. Isso se deve, provavelmente, por sua postura meditativa e serena . Todavia, resistimos à idéia de que Buda poderia ter manifestado quaisquer dos defeitos humanos - após seu despertar. Como se em um simples click, ele tivesse se tornado perfeito. Essa noção apenas serve para fortalecer o mito – que muito interessa às religiões organizadas de que seus mestres e fundadores eram divinos. Afinal, não se coloca fé no que é humano, mas apenas no que é celestial.

Mas, obviamente o mito não é o real. Buda era uma pessoa comum e não deixou de sê-lo após sua iluminação. Muita gente quer elevar o estatus de Buda ao de um deus, mas ele foi tão humano quanto todos nós somos. Ou tão divino quanto nós também somos. A diferença talvez esteja no grau de percepção desta verdade. Considerar Sidarta Gautama um ser além de todos os defeitos humanos é destruir o cerne do seu próprio ensinamento e missão : provar que todas as pessoas são budas em potencial . Se não podemos nos tornar o que ele se tornou, nem alcançar o que ele alcançou então qual é o sentido de sua vida e missão? Mas se já somos budas em potencial então tudo muda. Mas esta ideia não parece agradar às igrejas, nem às organizações religiosas. Se já somos Budas, por que haveremos de ir às igrejas? Por que haveremos de seguir os monges, os padres e os lamas? Mas, sabemos que muitas pessoas preferem seguir a terem que "descobrir". Muitos se refugiam na imagem estereotipada do salvador como forma de amenizar sua dor, alcançar uma graça ou resolver seu problema. Mas Buda nos ensinou que o refúgio está dentro de nós mesmos. E que a libertação não está nas religiões, nem nos livros, nem nas orações, nem nos gurus, mas na compreensão da verdade sobre si mesmo e a vida.

O fato é que não temos elementos suficientes para analisar se tudo o que se diz sobre Jesus e Buda foi, assim, de fato. Muitos de nós apenas cremos que assim o foi baseado na autoridade das religiões e tradições . Mas o próprio Buda alertou-nos para não crermos na fé das tradições, nem no testemunho de sábios antigos, nem em coisa alguma só porque foi dita e repetida por muita gente. Ou seja, temos que considerar a crença como crença. E a verdade como verdade. E o certo é que não temos como atestar se uma crença é verdadeira ou não. Do contrário, não seria crença. Mas, isso não significa que não podemos fazer conjecturas. Ou levantar hipóteses e dar opiniões. Afinal, crer ou não crer é algo muito, muito pessoal.

Se não temos como sondar os grandes iluminados da antiguidade, resta-nos procurar iluminados mais contemporâneos. Alguns deles, tiveram sua vida, obra e atitudes amplamente registradas. Isso nos confere maior exatidão na busca de saber se nossos estereótipos e imagens, correspondem à realidade ou não. Analisemos abaixo alguns mitos e verdades sobre os iluminados :

Todo iluminado é pobre .
Mito. Por definição o iluminado não tem apegos nem ao luxo nem à pobreza. Pode ser extremamente pobre como Ramakrishna e Ramana Maharshi. Pode ter uma vida modesta como trabalhador ou exercer uma profissão, como Lahiri Mahasaya e Sri. Yuktéswar. Ou levar uma vida de classe média alta, como Krishnamurti. Este último, apesar de gostar de carros, morar em casas bonitas, usar roupas elegantes e frequentar bons restaurantes, não considerava-se dono dessas coisas. Não andava com dinheiro e dizia que tudo que precisava era um lugar para dormir, roupas para usar e comida para se alimentar.

O Iluminado não tem vícios, desejos, nem defeitos.
Mito. O vício está ligado ao corpo. Sri.Nisargadatta Maharaj fumava e também comia carne – um hábito considerado pecado mortal pelos conservadores hindus. Krishnamurti, apesar de não ser hindu, era vegetariano, não fumava e não bebia. Todavia, chegou a manifestar desejos carnais, pois teve um relacionamento amoroso com Rosalind Willians Raja Gopal- esposa de seu secretário particular. Isso foi revelado em um livro lançado pela filha de Raja Gopal , Radha Sloss “Lives in the Shadow With J. Krishnamurti”- ainda sem tradução para o português. Este fato não foi desmentido nem por sua biógrafa, Emily Lutiens, nem pelas Fundações que o representam. Para mim, isso não foi motivo de escândalo. Pelo contrário, fiquei satisfeito em saber que ele era tão humano quanto nós e que também teve seus defeitos e deslizes ao longo do seu "processo". Além disso, está coerente com seus ensinamentos, pois nunca pregou a castidade, nem a repressão dos desejos biológicos. O iluminado não é um ser “celestial”, “infalível” , ou “perfeito” - K. quebrou este mito. É bom saber que eles passaram por um processo de desenvolvimento e maturação, como nós estamos passando. Isto nos serve de motivação para buscarmos nossa própria Iluminação. Além do mais, K. nunca se arvorou em santo, ou casto ou qualquer outra coisa. Sua fala era que não importava quem era o orador, e sim se o que ele ensinava era verdadeiro ou não. 

O iluminado deve levar uma vida casta e renunciada.
Mito. Lahiri Mahasaya era casado, pai de família e chegou a ter dois filhos. Trabalhava como contador para sustentar sua família e continuou casado até a morte. Ramakrishna também era casado com Sarada Devi.

O iluminado não tem emoções humanas, não hesita e não se abala com nada.
Falso. Conta-se que Sri Yukteswar chorou muito quando Yogananda viajou para a América. Jesus agonizou no jardim do Getsêmani, pedindo ao pai para afastar o cálice, libertando-o do drama que estava prestes a viver. É dito também que ele chorou sobre Jerusalém. Krishnamurti demonstrava, com uma certa frequência, impaciência e irritação em público. E, mesmo Babaji, hesitou. Conta-se que ele manifestou o desejo de despojar-se de sua manifestação carnal e pediu a opinião de sua irmã Mataji, esta aconselhou-o a nunca deixar sua forma humana. E assim, ele prometeu fazê-lo – fato descrito no livro Autobiografia de um Yogue.

O iluminado sabe de tudo.
Outro grave erro. O iluminado sabe de tudo acerca das ilusões da mente , da libertação e da compreensão da Verdade. Mas, não sabe "tudo". Certa vez Krishnamurti estava no Brasil e alguém da plateia perguntou-lhe acerca de seu próprio futuro. K. respondeu que não era advinho. Temos que compreender que o iluminado não tem a posse e controle de seus poderes.Talvez haja casos específico em que a intuição do iluminado se amplie fazendo-o perceber coisas extrafísicas. Mas, estes casos são raros. Temos que lembrar que nem mesmo Jesus se considerava dono de seus poderes. Tudo vinha do Pai, de acordo com suas próprias palavras.

O iluminado tem poderes.
Em tese sim, mas nem sempre e não necessariamente. Na literatura budista não há um só caso de milagres atribuído a Buda. Nem por isso ele deixou de ser iluminado. Jesus fez muitos milagres. Mas, entende-se que no caso dele, tinha a ver com a particularidade de sua missão. Krishnamurti tinha poderes de cura, mas raramente os usava e não gostava que este fato fosse mencionado. Vários de seus amigos e conhecidos mais próximos testemunharam casos de curas atribuídas a K. Diziam que, na juventude, ele lia cartas antes de serem abertas, percebia auras e ainda tinha poderes de telepatia. Lahiri Mahasaya fez vários milagres, inclusive curou doenças graves. Manifestou ainda: bilocação, materialização e ressuscitação de algumas pessoas. Assim também, com menos regularidade o fez Sri Yukteswar. E Babaji é , em si mesmo, um grande milagre, pois se diz que ele é imortal e não há limites para os seus poderes. Tudo isso foi descrito por Yogananda no livro Autobiografia de um Yogue.

O iluminado não sonha .
Verdade. Por definição, o iluminado extinguiu a barreira entre o consciente e o inconsciente. Tudo nele é consciência, não havendo, pois, necessidade de sonhar. Em geral eles dormem pouco e vivem a maior parte do tempo em meditação. Krishnamurti descreve em seu diário que costumava “experimentar certos estados interiores ocorridos durante o sono” (DK-13). Lahiri Mahasaya dormia muito pouco, vivia quase que constantemente em samadhi ou consciência desperta.

Manifestação da Ananda ou Bem-aventurança.
Verdadeiro. Esse é um dos critérios mais convincentes sobre a iluminação: a manifestação da Ananda ou Êxtases. Grandes místicos cristãos, tais como Francisco de Assis e Tereza de Neumann, viveram seus êxtases místicos. Krishnamurti também. Em que difere os êxtases de K. de um santo cristão ou iogue hindu? Nada. A diferença parece estar apenas em elementos periféricos tais como a cultura , o país, a formação e a sociedade em que cada um viveu. Destarte, Francisco de Assis, revivia a paixão de Cristo e isto se refletia em seu corpo através das chagas. Assim também acontecia com Tereza de Neumann, a estigmatizada católica (AI-394).Um hindu provavelmente teria visões de Krishna ou algum outro avatar. Mas a profundidade e a intensidade dos êxtases eram muito parecidos – senão similares. Foi Sri. Yuktéswar quem revelou a importância deste critério na identificação do estado búdico . Yogananda perguntou-lhe quando ele iria encontrar Deus, seu mestre respondeu: “Pode-se adquirir o poder de controlar o universo inteiro e, no entanto, descobrir que Deus se esquiva. O progresso espiritual não é medido pela exibição de poderes externos, mas apenas pela profundeza da bem-aventurança alcançada em meditação”.

Por fim, como poderemos identificar um iluminado se não há sinais externos visíveis comprobatórios e definitivos? Jesus disse que pelos frutos é que se conhece a árvore. Mas também alertou contra os falsos profetas que iria, se possível, enganar até mesmo os eleitos. E hoje em dia, há muita mistificação e muitos Avatares fabricados. Nesta selva de enganação, exploração e ilusão, resta-nos sempre usar o bom-senso, a inteligência e a sabedoria para tentarmos identificar os verdadeiros iluminados pois eles, em geral, são reclusos e nunca anunciam quem verdadeiramente são- a não ser por uma missão muito específica ou para atender uma ordem superior.Basta lembrar-nos de Babaji que viveu em reclusão e anônimato nas regiões do Himalayas por séculos ou até milênios . Se não fosse por Yogananda , o mundo não saberia de sua existência. 

Mas, porque queremos tanto encontrar um iluminado? Não seria importante analisarmos essa ânsia, essa angústia, esse desejo de encontrá-los, como se eles fossem solucionar nossos problemas e nos dar a paz que tanto precisamos? O Iluminado nada pode fazer por você que você não possa fazer por si mesmo. Quantos pessoas não foram discípulas de Lahiri Mahasaya, Sri Yukteswar e Yogananda e quantos realmente alcançaram a iluminação? Quantas pessoas conviveram intimamente com Cristo, Buda e Krishnamurti e quantos foram realmente transformados? Esses seres são pura luz e amor, mas se nossas portas estiverem fechadas de nada valerá encontrá-los. E eles não forçam a porta do seu coração. Eles batem, se você abrir eles entram com a luz dos seus ensinamentos. Essa luz é que liberta. Não o seguir, não o adorar, mas o viver realmente aquilo que eles ensinam.

Mas, o problema é que há tantas pessoas se autoentitulando iluminados que fica muito difícil para o leigo ou o buscador saber quem é quem nessa história toda. Por isso que Krishnamurti foi tão insistente em sua guerra contra os gurus. Ele sabia que a Iluminação não depende dos gurus. Se fosse assim, coitados daqueles que não tem dinheiro para viajar para a Índia, o celeiro dos grandes "iluminados". Independente disso, todos os mestres sempre foram unânimes em dizer : quando o discípulo está pronto o guru aparece. Não há necessidade de encontrá-los fisicamente. Qualquer coisa pode lhe dá uma luz, um insight, quando você estiver pronto. Pode ser um livro, a vida, a natureza, a família, os amigos, um acontecimento... qualquer coisa.

Lembro-me que Buda não teve guru, Cristo não teve guru, Krishnamurti não teve guru, nem Ramana o teve . Isso não implica dizer, que não existam os verdadeiros mestres. Nem que não seja bom encontrá-los. Mas eles não são essenciais ao seu despertar. Eles não podem despertá-lo por você. Somente você pode fazer isso e ninguém mais. Abaixo descrevo algumas características que podem ajudar na identificação dos verdadeiros iluminados:

O Verdadeiro Iluminado :

É desapegado, uma vez que ele não tem EGO. Mas este desapego, não é percebido através de sinais externos, pois é interno.

Não se abala com ter ou não ter desejos biológicos ou carnais. O que ele não tem é o desejo mental ou psicológico. Pode viver uma vida completamente normal, pois sua liberdade é interior e ele não precisa prová-la pra ninguém.

Pode ter discípulos ou não. Tanto faz . Depende muito de sua missão particular no mundo. Todavia, o verdadeiro iluminado não anda à caça de discípulos, não se angustia por não tê-los, nem anda por aí se autopromovendo.

Pode manifestar ou não poderes. Ele nem deseja tê-los, nem deseja não tê-los. Mas, em geral, não buscam aplausos ou aclamação pública e evitam demonstrações públicas de seus poderes.

Vive completamente no aqui-agora, uma vez que o futuro, o presente e o passado são relatividades do mundo da mente condicionada, do qual o iluminado está liberto.

Em geral , é humilde, e evita reconhecer a si mesmo como um sábio. Não tem arrogância por seu conhecimento, nem manifesta a detestável falsa humildade. Como dizia Lao Tsé: "o sábio cala, quem fala não sabe". Vive em um eterno aprendizado, ensina baseado em sua própria experiência e percepção direta . Pode ser um orador – como Krishnamurti. Ou falar pouco, como Lahiri Mahasaya e Ramana Maharshi.

Para finalizar, penso que bom senso e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Você é o seu mestre. Cristo, a Verdade ou a Luz estão dentro de nós. E devemos nos guiar por ele sempre. Nem sempre os iluminados se tornam lideres espirituais ou gurus. Talvez, sua missão, naquele momento específico seja ficar anônimo. Podem atuar nas áreas da educação, medicina, física, arte… ou podem simplesmente ser seu vizinho ou colega de trabalho. Há um provérbio hindu que diz que apenas um médico pode reconhecer outro médico. Referindo-se ao fato de que apenas um iluminado pode reconhecer outro iluminado. Como um cego pode saber se o outro enxerga? Recuperando sua própria visão não? Sendo assim, o primeiro passo é iluminar-se, encontrar sua própria luz . Enxergar as coisas como elas são. Só então o indivíduo se torna capaz de perceber quem é Iluminado ou não. E então concluirá que essa questão não é assim, lá, tão importante!

Muito Obrigado!
Autor : ALSIBAR (inspirado)

7 de abr. de 2014

Retomando a vida: trilha João Dias (Minas do Camaquã) II

Mais fotos e vídeos do passeio de ontem.

Delicadas casinhas de passarinho no Restaurante Pousada Bellamina

Esta coloração azul esverdeada na pedra é cobre

Não são líquens nem musgo, é cobre mesmo!

Muitos cães vagando, muito dóceis e carentes

Alguém adivinha do que é feito este lustre?


Aventura do dia

Subidão a pé...para os reles mortais


HUHUUU! Chegamos!


Alguns, só por "preguiça" de descer o subidão, se atiraram na tirolesa


O que ficou na lembrança foi uma paisagem fantástica, mágica e mística


As fotos abaixo não são minhas, capturei no Facebook da nossa guia:




6 de abr. de 2014

Retomando a vida: trilha João Dias (Minas do Camaquã) I

A vida, bem aos poucos, vai retomando o seu sabor de liberdade pré-doutorado, naqueles bons tempos em que eu caminhava e fazia muitos trekkings.
Mesmo recém tendo voltado de viagem, me inscrevi neste passeio às Minas do Camaquã (distrito de Caçapava do Sul). Eu já conhecia a Pedra das Guaritas, em alguns trekkings que fiz, ficam a uns 10 km dali e pensei que se as paisagens fossem parecidas ia valer muito a pena. E valeu!
No início estava muito passeio turístico normal, desce do ônibus, sobe no ônibus, desce do ônibus, sobe no ônibus, coisa que eu não gosto, mas depois, à tarde, começamos a caminhar e ver as belezas naturais do local e me encantei.
A Minas do Camaquã, é um distrito de Caçapava do Sul e, como o nome sugere, é uma antiga mina, principalmente de cobre. Está desativada, mas existem rumores de que será reativada. Já foi "moderna" abrigando casas pré-fabricadas, vindas dos EUA, cinema e clube para os engenheiros e trabalhadores que chegaram a ser uns 5 mil. Hoje em dia, tem 350 habitantes, aproximadamente e para a quantidade da população, muitos cães de rua e sujeira nas ruas.
A instalação de uma empresa de aventura ecológica, a Minas Outdoor Sports, está melhorando bastante a imagem e o nível de vida do distrito.
Bem...o passeio, algumas imagens.


Visão geral da mina a céu aberto

Saindo da mina, de ônibus (veja a cor da água!)


Não sou lá uma grande fotógrafa, ainda mais com câmera de celular, mas esta até que saiu...LINDA!

Barragem que ruiu

5 de abr. de 2014

1 de abr. de 2014

E um novo ciclo começa...

...e não é pegadinha de 1ro de abril!
Cheguei ontem, até cedo, no aeroporto de Pelotas. Meia noite eu estava na cidade. Demorou mais foi conseguir um táxi.
A viagem foi melhor do que eu pensava, aliás, as coisas têm sido melhor do que eu imagino ultimamente. O pior são as longas horas no avião. Tô ficando velha (e quem não está?), mas eu fico destruída de dor no corpo, nas pernas (circulação) e sono.
Com esta participação em evento encerro uma longa séries de compromissos e tarefas:
Mudança em doses homeopáticas: ok!
Começo na nova instituição: ok!
Visto: ok!
Mudança das gatas: ok!
Defesa do doutorado: ok!
Apresentação de trabalho em simpósio e viagem para a Universidade Gallaudet: ok!
Ontem cheguei em POA, tomei um banho, tomei (claro) um chimarrão e fui comemorar com meus queridos amigos (turminha de 4 pessoas que desde muitos anos saíamos em POA e trabalhávamos, trabalhamos ainda, na mesma área) a defesa e a apresentação. Saí do bar e fui direto para o aeroporto e minha viagem até Pelotas foi bem rápida.
Estava louca de saudades das peludas e elas estavam super bem cuidadas. Quem diz que gatos não são afetivos, que são distantes, definitivamente não conhece gatos!
Hoje tirei para lavar roupas e descansar, amanhã já começo na rotina de trabalho.


A viagem: Washington, D.C.
Fui apresentar dois trabalhos, um sobre minha pesquisa de doutorado e outra autônoma com uma colega na UFPel (foi minha aluna de interpretação de língua de sinais há muitos anos atrás), a Maitê.
Tive pouco tempo para conhecer a cidade e, nestes casos, opto por pegar um bus turístico que me dá uma panorâmica e, se acho interessante algum lugar, desço, e depois pego o próximo bus de novo. Para quem não conhece (porque aqui, no Brasil, em geral, os ônibus turísticos fazem diferente), o bus tem uma rota, ou mais, e a gente paga por um bilhete de um ou dois dias. Nestes dias a gente pode pegar este bus quantas vezes quiser. Além de dar uma volta nas principais atrações, tem paradas fixas nos principais lugares. Se a gente quiser, desce, visita bem e espera o próximo ônibus e sobe de novo. Dois dias é o ideal, a gente aproveita bem o que pagou e conhece bastante. Fiz a rota mais central, dos monumentos mais famosos e, claro, parques (que eu amo). Queria ter pego as cerejeiras floridas, era a época do Festival Cherry Blossom. O clima anda louco por lá também, antes de chegarmos andou nevando e queimou muitos brotos das flores. Vi poucas árvores floridas *snif*

http://www.siue.edu/alumni/img/cherry.jpg
O evento estava bom, bem interessante, e apesar do nervosismo consegui fazer as duas apresentações no meu inglês macarrônico que, as pessoas, bem gentis, até entenderam hehehe
Agora, o grande prêmio, já que não vi as cerejeiras em flor, foi ver estradas e casas nevadas e, no domingo, depois do simpósio terminar, às 13h, fomos dar mais uma passeada, apesar da chuva e do frio e *taraaannnn* NEVOU!!!!! Neve do céu, não a que já está no chão ou depositada em algum lugar (que eu já tinha visto até aqui).

Maitê, Danilo, eu e minha primeira neve do céu
A Universidade Gallaudet é uma das únicas duas instituições do mundo no qual todas as disciplinas são ministradas em língua de sinais, no caso, língua americana de sinais (American sign language - ASL). É um campus enorme, muito limpo e bem organizado. A cidade também, achei melhor do que esperava.
Resumindo: valeu a pena! Todo o cansaço, a vontade de desistir, a energia lá no fim, valeu a pena superar.


Ontem, em POA, uma colega me perguntou se os 7 anos se passaram? Como assim? O ciclo de 7 anos que, dizem, nos renovam. Fui calcular: 2 anos de mestrado + 5 anos de doutorado = sim, 7 anos de muitas emoções que não foram só acadêmicas, mas de vida.
Agora, novo ciclo e que seja bem vindo com sua brisa de renovação.
Quero curtir minha casa e as peludas. Fazer pequenas viagens regionais. Retomar o artesanato (ponto cruz, tricô...). Aprender e aperfeiçoar línguas estrangeiras. Cuidar do corpo e da saúde. Nova fase, muitas possibilidades!