7 de mar. de 2021

Reflexões da pandemia 5

 Dia 16 de março vai fazer 1 ano em que as restrições devido à pandemia começaram a ser adotadas aqui no estado (Rio Grande do Sul). Eram 5 casos na cidade.

Confesso que eu não achava que chegaríamos até agora com esta gravidade e números de infectados. Pensei que, no máximo, no final do ano passado as coisas já fossem ir se acalmando. Tivemos um período de esperança quando as internações começaram a cair e ficamos semanas assim, em decréscimo. Bem...aqui estamos.

Eu me cuidei. Acho que  única coisa em que estou falha é quanto ao exercício físico, mea culpa, mea máxima culpa! De resto, cozinhei coisas bem saudáveis (eu, cozinhando regularmente!), tomei sol medicinal sempre que possível (deficiência de vitamina D), fiz a maioria dos exames de rotina, só saí quando necessário (até me ensaiei em caminhadas, na fase de decréscimo, pensei que era uma retomada, ingênua eu...), uso máscara, já não gostava de gente desconhecida muito próxima e me tocando, agora então!

Sou forte, mas não sou duas. Aguentei bem até há pouco. Especialmente na última semana, senti o peso chegar. Começou depois que a fase de decréscimo dos casos virou. Primeiro um cansaço. Depois falta de concentração. Semana passada até fiz minhas obrigações, mas me arrastando. Fiz cursos sobre saúde mental discente (alunos), docente (professores) e geral, mas a maioria ficou muito na teoria, sabem? Eu queria mais dicas práticas de como lidar melhor com a situação e não, quando eu pergunto sobre a saúde docente, respostas do tipo: "ah, procurem o departamento de saúde que vai encaminhar vocês, já que nós não atendemos". Aham. Sei. "Maravilha". Ou aquelas respostas prontas: mantenham-se positivos, se alimentem bem, façam exercício...Estou fazendo tudo isso eeeee?

Ando dormindo mal, logo eu que sempre me gabei de dormir divinamente. A semana passada foi o auge. De acordar 2h30 e não conseguir dormir mais. Na verdade, o que perturba, e tenho que trabalhar isso, são as pessoas que jogam contra. Desde as autoridades que deveriam estar de mangas arregaçadas até os vizinhos do condomínio que não estão nem aí e saem sem máscara bufando na cara das pessoas. Cansa. Isso cansa! Hoje, dormi, mas acordei às 3h com muito barulho. Parecia um racha de motocicletas na rua, mais um vozerio que parecia uma festa. Revirei os olhos, respirei e, graças, consegui voltar a dormir.

E vamos que vamos, pois a lição é paciência em doses cavalares.


O mundo é fabuloso, o ser humano é que não é legal.

Ed Motta

3 comentários:

  1. Cris, como tu, estou confinada desde 16 março. Dia 10 março, último dia que pude aperta, abraçar minha netinha aqui em casa. Tivemos que cuidar. Continuamos assim e dá uma p raiva ao ver que tantos outros debocham de quem se cuida, fazem pouco do cruel vírus, a começar pelo governante mais desgovernado do país...Aff! Fico louca da cara! Mas, temos que relaxar, senão explodimos! TE CUIDA! Fica bem! beijos, chica

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  2. Cris,

    Nem me fale, menina! Haja paciência para tanta coisa absurda que estamos vivendo!
    Assim como você eu também tive algumas semanas de insônia e nunca tive problemas para dormir. É muito ruim, revirar na cama de uma lado para o outro sem conseguir fechar os olhos.

    Tem os dias ruins e tem os dias menos ruins... E tem os momentos que a gente desaba.

    Enfim, se essa é a música que está tocando, vamos arriscar dançar conforme conseguirmos.

    Um abraço!

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  3. Com um dia de diferença (17), assim como você, estou em casa e assim como a maioria, passei por vários estágios da esperança, ao medo, até chegar ao descredito. Março tornou-se um mês onde predomina a desesperança...mas vai passar.
    Obrigada por compartilhar.

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