29 de mar. de 2013

Pensamentos de uma sexta-feira santa:


  • a gente, com o tempo e com as mudanças, percebe que todas as casas onde a gente mora são nossas casas e não são. A gente sempre acha que tem um lugar especial, uma casa especial e, na verdade, qualquer uma pode se transformar na nossa casa. Ando vivendo um momento de total consciência da impermanência das coisas, da morada, da vida. A gente tem que se sentir bem onde está, sabendo que não é perfeito e também não é eterno;
  • tem coisas que não são pra ser e ponto. Essa mentalidade de filme americano de que tudo se consegue com esforço é conversa. A vida é assim, algumas coisas acontecem, outras não. Viva com isso! Negar a realidade só nos torna amargos, ou pior, delirantes;
  • definitivamente, este ano é continuação do anterior. Ano passado eu tinha como lema recalibrar a minha bússola. Agora percebo que fiz parte do caminho, larguei coisas ilusórias, redefini algumas metas, mas agora tenho que pontar meu rumo para uma direção, agir. A pergunta é: será que é isso que eu quero fazer pelo resto da minha vida?
  • se houvesse uma espécie de fraternidade mundial ecumênica em que houvesses monjas eu seria uma. Fazer o que eu tenho que fazer sozinha não é muito fácil, falta a estrutura e aquele suporte de comunidade, mas talvez seja este mesmo o meu Karma: cumprir minha missão sem estar em uma comunidade.
  • é, sou um espírito inquieto mesmo...hehehe


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiwdaks8dtbvQ9JaUml3sTmnLNyhLNxy9brOuai2QDcmaGji0zJWAAjswqziB0lbTVGleidzj63yRGbIX2fASdodKZ699nAsxjjS2aKPNqP5Ov0T6IDGMsf0tBfs-1hsXz2pGZr2endgKh/s1600/P1000448.JPG

23 de mar. de 2013

Burra sou eu: errata

Não sei o que acontece no Blogger que quando incorporo mais de um vídeo, "só pode restar um". Vou tentar de novo porque são dois vídeos que eu coloquei.




22 de mar. de 2013

Rincão do Inferno

O Rio Grande do Sul é lindo, mas pouco conhecido.
HÃ? Como?! E Gramado? E O Itaimbezinho? E a Serra Gaúcha? Há, só isso? Gente nossa terra tem belezas ainda não descobertas (por um lado, ainda bem, a maioria dos turistas só emporcalha e destrói).
Um destes lugares desconhecidos por muitos é o Rincão do Inferno. Dizem que já foi um quilombo e, inclusive, as poucas pessoas que moram por lá são descendentes diretos dos escravos.
Localizado entre Lavras do Sul e Bagé (30º 51'56.84''S e 53º 42'36.29''W), pouco ouvi falar do lugar, mas é belíssimo. Me deu vontade louca de arrebanhar parceria e ir me aventurar por lá. Olhem só:




Crédito das fotos: http://rincaodoinferno.blogspot.com.br (Valdir Magro Borin)


Links:


Trecho de um curta filmado no Rincão do Inferno:

20 de mar. de 2013

12 de mar. de 2013

Monumentos ao Chimarrão

Não sou só eu que gosto de chimarrão, não. Isso que existem mais monumentos por aí.
...

São Francisco de Paula - RS
http://i843.photobucket.com/albums/zz360/reneforum/RS-Sao%20Francisco/Foto53.jpg
Santa Rosa - RS
http://www.zulupa.com.br/noticias/variedades/2011/9/2369/monumento-de-ferro-marca-o-tradicionalismo-gaucho-em-santa-rosa
Cruz Alta - RS
http://minerva.ufpel.edu.br/~bira/blog/wp-content/gallery/cruzalta/04_monumento_ao_chimarrao.jpg
Vacaria - RS
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1138699

Venâncio Aires - RS (Capital Nacional do Chimarrão): chimarródromo, escultura de metal, simbolizando uma cuia, que tem quatro torneiras, com agua fria e quente para o preparo do chimarrão.
http://bartholdy.com.br/cidade/
Canoinhas - SC
http://www.portaldecanoinhas.com.br/imagens/database/news/9899.jpg

Santa Cecília - SC
http://carlostonet.wordpress.com/tag/monumentos/

Francisco Beltrão - PR
http://bartholdy.com.br/cidade/

Ponta Porã - MS
http://mw2.google.com/mw-panoramio/photos/small/59936450.jpg

Posadas - Argentina
http://vivalap65.files.wordpress.com/2011/10/pa070013.jpg

Villa Montes - Tarija - Bolivia
http://www.hotelelranchoolivo.es.tl/Guia-de-Villa-Montes.htm

10 de mar. de 2013

Escola e anatomia do Chimarrão

É...uma postagem dedicada ao chimarrão. Me dei conta que não tinha recebido a devida atenção no blogue. Esta semana vou me dedicar a divulgar nossa bebida tradicional. É meu companheiro de pensamentos, de papos, de escrita de tese, de trabalho, de passeio...

É a bebida de(o,a):
Tradicionalista
http://24.media.tumblr.com/tumblr_m0qcvak3KZ1qhgjjso1_400.gif

Piazada
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivZzsJ3JgylaiysxSU8gdLnfpSIMUfiu5YcDi_HDWy1v3-xAwDy8NkE46fHABFGr4ALH0BQQ97SQz__7yGba-qpdjb2boa0ex9dYtGNyWUzk-BvbtAi3GB6LwoW5gyP8MivC0ecwLurPA/s1600/chimarr%C3%A3o.jpg

Bebê
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWCuhYQqn0Le5b0cWBmqHZuCd7jMKu6-kzsnuVi3F9ELHFw-E8ewkSmt89CWeZxgUgL9Ih8HIVuHtw-Co6g0lIFTYzigzpZaAVyB0gNasZXLW8nAFiTkebZ8wTg6r2zKYbV_Wd28KHW-Nh/s1600/meus+documentos+fotos+061.jpg

Modelo
http://api.ning.com/files/yi7AHIGFs8sjw9CA8nJ7xwQERX63C1AY3*UFY9M9EiAPcSE49kkCmURP9bpOthKMQ0nFMJp6qYQUL5eOtEL0FjULVQZqD*71/giselechima.jpeg

E por aí vai...

ANATOMIA DO CHIMARRÃO
http://www.escoladochimarrao.com.br/curiosidades/9539CHIMA.jpg


http://www.escoladochimarrao.com.br/index.php



7 de mar. de 2013

Crônicas da Benta: croc

Neste mesmo dia, há 3 anos eu iniciava uma história de amor relatada aqui e aqui. Iniciei a crônica das peludas e não continuei. Não são nem 6h, dormi mal exatamente por escutar, a noite toda, um chorinho de gato, vindo de um apto ao lado do meu (mas não é do condomínio) e me lembrei das noites mal dormidas com a Benta. Nossa, essa guria chorava, mas tadinha, devia ser fome da braba. Não sei como ela se criou. Eu tinha tido dezenas de gatos, mas todos os filhotes tinham suas mãezinhas para os cuidarem. A Benta era orfã e tão pequena e em péssimo estado. Eu era inexperiente nestes cuidados e segui a intuição e conselhos da lista Gatos. Buenas, sobreviveu e está aí, dormiu boa parte da noite comigo, nesta fase em que os dias estão mais fresquinhos.

a precariedade da "mamadeira"

Continuando: na época eu só tinha a Mel e tinha que apresentá-las uma a outra. Mel era rainha da casa e dona absoluta de minha vida. Benta era uma resgatada provisória (pensava eu), mas mesmo assim tinha que introduzir a minúscula na casa para soltar um pouco da sua energia. Nem fiz as etapas (entreabrir a porta um pouquinho, etc), abri, de vez, de manhã. Lembro da Benta com aquele caminhar de bebê magro achando tudo uma imensidão e a Mel profundamente incomodada e enojada com aquela pulga com pelos, até a Benta se aproximar e a Mel rosnar *fuzzz*. Desde lá a Mel foge da Benta como cristão da peste.

já mais grandinha em seu quartinho

Hoje em dia a Mel "tolera" a Benta, digamos assim, mas não são exatamente amigas de infância. A Benta, por sua vez, tem verdadeira adoração implicante com a Mel, sempre que pode faz tocaias, dá correrias em volta e se pecha com a pobre velhinha da casa. Quando era pequena o passatempo da Benta era dar uma corrida, um impulso e subir, sim, subir na coluna da Mel correndo. Cada uma!

OLHEM COMO ERA A RELAÇÃO BENTA - CROC


reparem meus dedões sendo caçados



OLHEM NO QUE VIROU (fotos de dias atrás)




Isso que, nas primeiras fotos, a Benta já tinha dado uma crescidinha. No início, ela entrava todinha na parte da frente do croc!!!
A infância da Benta ainda rende histórias, como da vez em que ela quase sumiu! Fique ligado(a) para os próximos capítulos (sabe-se lá quando...)

6 de mar. de 2013

4 de mar. de 2013

Ordem da Sacra Simplicidade

Tenho algumas estranhas atrações por algumas imagens. Uma delas é de monjas estudando...

http://fromthisshore.files.wordpress.com/2010/04/ed9884ec98a4-ed9884ec868c2.jpg?w=1024?w=150&h=100

Eu, apesar da atração, especialmente pelo budismo Zen, não seria uma monja formal, ou seja, pertencente à alguma religião estabelecida. No geral, acho que as formalidades são demais para uma vida verdadeiramente interior. Nos dedicarmos à vida espiritual deveria ser algo íntimo e pessoal.

http://www.nunocist.org/my%20web%20site%20photos/study1bbb(2).jpg

Se eu tivesse que fundar uma ordem seria algo anárquico. Anárquico no sentido de governo e não de caos ou confusão (é bom esclarecer). O agrupamento seria mais para auxílio mútuo e não para viver obrigatoriamente em grupos, pois de todos os votos (cristãos, principalmente) a obediência é a mais paralisante. Sem "uniforme", mas também sem ostentação pelas roupas, uma calça simples e uma camiseta simples, nada que nos identificasse para o mundo exterior. Quem quisesse viveria em comunidades, quem quisesse viveria sozinho. Todos trabalhariam na medida de suas forças (idosos, doentes).

http://thefemalebuddha.files.wordpress.com/2012/04/img_1909_lzn.jpeg

O que nos uniria, como ideal, seria viver com simplicidade, com atenção, gentileza, hospitalidade, consciência e buscando o equilíbrio (caminho do meio) físico e mental. Nenhuma cerimônia ou ritual seriam exigidos, nossos rituais seriam nossas transformações interiores. Possuir o menos possível, o necessário para viver, compaixão por todos os seres sencientes e um sentido de sermos todos UM. Haveria tempo de clausura voluntária para meditar, estudar, ser. E tempo de ação no mundo. Cada um gerenciaria o seu tempo de isolamento e público. Cada um faria os seus votos. 

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Nosso ideal seria sermos o que se sonha para o ser humano, a extrema solidariedade, nos ajudarmos, ampararmos, trabalharmos nosso ser para que nossas fraquezas e defeitos de caráter fossem superados. Santo e perfeito ninguém é, mas viver com graciosidade e gentileza, para si e para os outros seres é, apesar da aparente facilidade, um trabalho árduo para uma vida.

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Não comeríamos carne, ética com outros seres humanos e não-humanos seria condição mínima para entrar na ordem. Bom é que tivéssemos alguns lugares para os mais idosos e para quem estivesse em período de clausura, no campo, embora vivêssemos tanto nas cidades quanto no espaço rural. Comunidades alternativas, ecovilas, condomínios ecológicos e coabitações (cohousing) seriam o nosso chão.

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Fico, cá com meus botões, pensando se já não existimos, apenas não sabendo que temos tanto em comum...

3 de mar. de 2013

Relendo Walden


Na minha pré-adolescência/adolescência li muito, mas MOENTOOOOO! Era comum eu ler mais de um livro por semana e, geralmente, eu não os comprava, era sócia de bibliotecas. A que eu mais frequentava era a Biblioteca do SESI no centro de Porto Alegre.
Na idade adulta li menos, mas ainda assim, comparada à maioria da população, era uma leitora voraz.
Depois que entrei na pós (mestrado e doutorado) a quantidade de livros comuns caiu, até sumir, e os livros técnicos dominaram, até agora a minha vida. Eu estava louca de saudades de ler livros por prazer, simples lazer, e não porque iam me servir para meus trabalhos. Com o fim do doutorado à vista (*arf, arf, arf*) recomecei, aos poucos, à velha e boa rotina. De noite, antes de dormir, nem que seja uma página, leio meu livro descompromissado.
Estou relendo Walden de Henry David Thoreau e pasmo com a atualidade da indignação de Thoreau com a vida assoberbada e cheia de coisas não essenciais que seus contemporâneos levavam. Parece que só a forma mudou. Em vez de ferrovias, estradas e aviões; em vez de casas lotadas de coisas inúteis, casas e também apartamentos etc. 
As questões mais profundas do ser humano continuam as mesmas e parece que toda a nossa tecnologia e suposta onipotência sobre outros seres não conseguimos resolver. Nos voltamos para fora, em vez de levarmos uma vida simples e ararmos nosso interior.
É um livro que recomendo fortemente! Daqueles que, se eu tivesse que escolher poucos livros para manter comigo, este eu manteria.

Um dos poucos lugares nos EUA que eu gostaria de visitar: http://www.walden.org/