31 de dez. de 2013

2014: o tema é CORAGEM

Um dos poucos rituais que sempre faço, no fim/início de cada ano é a LISTA DE AGRADECIMENTOS. Não sou de nenhuma daquelas superstições de comer lentinha, romã, uva etc. Se tiver até como, mas sem a intenção de que seja algo mágico. Aliás, acho que são dois rituais que faço. Além da lista de agradecimentos, antes da meia-noite, me recolho e oro ou medito. Acho que esta é a verdadeira purificação de fim de ano. Quando meus pais eram vivos, eles faziam isto também. Claro, mais em um viés católico, mas era um momento de reflexão.

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Em 2013 eu superei (preparem-se que o babado é forte): labirintite, cirurgia de emergência da vesícula, infecção, cirurgia de retirada de um câncer de pele, tratamento de canal de um dente inflamado, perebas mil. Estou aqui, depois de quase ter desistido do doutorado, terminando...arf, arf! Enfim, foi um ano bem difícil, muito difícil, mas consegui manter a calma, me manter centrada e seguir em frente. O negócio é seguir em frente, sempre pra adiante. Apesar dos meus achaques e daqueles das pessoas chegadas, sobrevivemos, quase todos. A última tia viva que eu tinha e de quem gostava muito, se foi. Pra ela, deve ter sido uma libertação, fica a saudade. Na vida profissional, muitas dúvidas e algumas decepções. É, sobrevivi a 2013 e uma nova onda de renovação se apronta à minha frente.
Para 2014 meu tema é CORAGEM. Cada ano elejo um tema, no próximo ano preciso desenvolver coragem para seguir o meu chamado. Sinto um 2014 bem surpreendente e mais refrescante do que 2013, vamos ver.
A todos: um feliz ano novo que nasce novo todos os dias!

28 de dez. de 2013

Benta e a implicância com minha abaya

Postagem originalmente publicada em 10/10/2011.
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Adoro roupa árabe e hindu mas são bem esvoaçantes, né?
Ano passado a Benta era pequena e ainda não tinha atinado para os panos "flanando" quando eu caminho, mas, este ano, é diversão pura e só rezo para ela não rasgar minhas roupas.
No vídeo, eu não estava provocando, pelo contrário, estava tentando livrar a barra de minha túnica. A Benta morde e quer carregar pra cima do sofá ou pra algum canto.
É uma figura! Minha ratinha, morceguinha, hiperativa amada!

27 de dez. de 2013

Crônicas da Clara Francesca: a família aumentou

Postagem originalmente publicada em 20/03/2011. Revista e ampliada.
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Para fazer companhia para as estripulias da Benta, que aterroriza a pobre da Mel, decidi adotar mais um gato. Inicialmente tinha me apaixonado por um gatinho cego que tinha visto na Internet. Só que a suposta "protetora" simplesmente sumiu e quando reapareceu disse que o gatinho "não estava mais com ela". Nem vou comentar para não estragar a postagem, tá? Mas leiam os meus pensamentos: *&^$@*$%^@!
Depois me veio uma nostalgia de minha primeira gatinha, a Mimi, uma gatinha branquinha e decidi adotar um gato branco. Vi que a Marília tinha resgatado uma gata branquinha, em Porto Alegre, e me candidatei. Pela dificuldade de transporte e enviar a gatinha até Santa Maria a adoção não rolou.
Também vi um gato branco, em uma das minhas caminhadas, em Silveira Martins, no prédio que estava sendo reformado da Pousada Pinton, mas como eu não tenho carro, também ficou difícil.
Logo em seguida vi na Lista Gatos que a Míriam Mundis tinha resgatado um trio de irmãos e um deles era uma gatinha branca. Levantei a mão. Depois de várias tratativas, a Míriam, que é veterinária, trouxe a Elena (na época) de ônibus de Porto Alegre a Santa Maria. 4h de bus...mas disse que a gatinha veio dormindo a maior parte do tempo.
Chegou e já entrou como se conhecesse o apto desde sempre. Já foi brincando com uma rolha de cortiça sob os olhares desconfiadíssimos da Mel e da Benta.

Míriam ajudando na adaptação

Benta com cara de: xi, que coisa desbotada, descolorida e alvejada é essa?

Clara Francesca, ex-Elena, nem aí

Primeira interação entre a Benta e a Clara. Até hoje não são exatamente as melhores amigas

De vez em quando até acontece uma brincadeira, entre as duas, mas logo vira estranhamento

Primeiro dia da Clara Francesca comigo e eu toda feliz
Achei a Clara Francesca grande, ela veio com 6 meses, a mesma idade (aproximada) que adotei a Mel. Tinha me acostumado tanto com a pequenez da Benta que achei a Clara ENOOORME!

Seja bem vinda ao clã!
Segundo a Míriam, a data provável de nascimento foi 4 de outubro. Dia que era do aniversário da minha mãe e dia de Francisco de Assis. Ganhou o nome Clara por ser branca e por lembrar Clara de Assis, parceira da fé de Francisco e daí o seu segundo nome, Francesca. Foi encontrada em um contêiner de lixo, junto com os outros irmãos, pela Míriam. Estranho mundo onde a vida de humanos e não-humanos é posta no lixo...
Bem, o que interessa é que a vida venceu e a família aumentou.

26 de dez. de 2013

Crônicas da Mel: há muito tempo trás...

Postagem originalmente publicada em 08/11/2010.
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A Mel, Melita, está a quase 8 anos comigo. Eu ainda morava em POA, em uma casa, e já tinha tido muitos gatos e cachorros, mas nenhum exclusivamente sob minha guarda. Todos eram "da família, da casa". Eu estava em um fase carente, mas não de receber e sim carente de dar amor e cuidado. Meu pensamento era que eu queria e precisava cuidar de alguém. Resolvi adotar um gato, macho de início. Entrei em contato com o pessoal do Bicho de Rua e me ligaram, tinham era uma gatinha, jogada no terreno de uma veterinária na zona sul. Concordei em olhar o bichinho e uma das pessoas que trabalham na organização foi até em casa, de noite. Fui apresentada à gatinha de olhos mais lindos do mundo: pura cor-de-mel. Não tive dúvidas: adotei. Ganhei uma castração a baixo custo quando ela ficasse maiorzinha.

Fotos digitais só atuais
 Mel nunca foi daquelas muito arteiras, que me lembre ela quebrou uma caneca (linda, por sinal) e é isso! A maior preocupação que me deu foi quando, depois de uma semana em casa, ela sumiu! Na época, eu ainda não tinha a noção de ter gatos em casa e eles perambulavam pela vizinhança. Depois de quase duas semanas...eis que ela surge como se nada tivesse acontecido. Estava sentada na porta, esperando para eu abrir. Eu que já tinha dado os potes dela tive que improvisar, ela entrou, comeu, bebeu e, depois disso, nunca mais desapareceu. Sabe-se lá o que aconteceu neste tempo...

Linda demais
De lá pra cá a coitada enfrentou: uma mudança para Floripa (primeira vez que andou de carro), a vida dentro de casa, mudança provisória para POA novamente e, finalmente, encontramos nosso chão em SM, ufa! Quando fomos para Floripa, ela começou a manifestar uma tosse e espirros. Desde lá peregrino por veterinários e cada um dá um diagnóstico diferente. A última, já aqui em SM, disse que era alergia, e acho que acertou. Deu um corticóide e a Mel passou 5 dias sem nada. Mas, como a própria vet disse, não dá pra passar a corticóide, então os sintomas voltaram. Não tenho tapetes, nem cortinas, nada que possa provocar isto. Minha suspeita é da areia do xixi, porque foi bem na época em que ela migrou do sistema solta para o de sempre dentro de casa. Já troquei de marca várias vezes, mas, até agora, ela continua assim. Dá uma agonia. É isso que me preocupa no momento. Estou tentando encontrar uma vet homeopata por aqui, mas sem sucesso.
Da Mel, resumidamente é isso, muito calma, silenciosa, na dela. Sem grandes aventuras, AH...quer dizer...talvez daquela vez em que ela quase se afogou na piscina do vizinho e eu quase escalei o muro, de vestido, para salvá-la, mas isso fica para outro capítulo.

25 de dez. de 2013

Crônicas da Benta: o banheiro

Postagem originalmente publicada em 07/11/2010.
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Achei a Benta no estacionamento de um supermercado. É bom que se diga que por "estacionamento" me refiro a uma grande área coberta, irregularmente, por britas e terra batida. Ouvi um miadinho mínimo, até pensei que não tinha ouvido direito. Tive que me esforçar para ver aquele ser minúsculo. Era uma mini mini gatinha, desidratada, careca, com os olhos infeccionados e desnutrida: o "rascunho da porta do inferno"! Não tive escolha, tive que levá-la pra casa nem que fosse só para tratar o bichinho, deixá-la ali era sentença de morte debaixo de um carro ou de inanição no forte calor de início de março. No caminho do condomínio já paramos um montão de gente, curiosos, por aquele pontinho cinza agarrado na minha blusa.

Primeira foto

Cheguei em casa e isolei a bebê no banheiro, já tenho a Mel e além de não saber se a Benta tinha alguma pereba de rua, também não podia prever a reação da Mel. Na quarentena da Benta ela: recebeu banho, um nome "MulamBENTA" (que ficou só Benta, depois), tratamento para os olhos, hidratação (não comia ainda), uma pseudo-mamadeira improvisada e uma caminha de caixa de papelão. Era uma pulga peluda, sem pêlos, era quase careca, só tinha um tufinho maior no topo da cabeça.

Primeiros dias
De madrugada miava muito...de fome! Era uma tristeza a bichinha! Mas foi se firmando, ganhando peso, a pele ficando mais hidratada, abriu os olhos que ficaram bons logo logo. Interessante é que ela, quando começou a ficar em pé, eu pegava no colo e ela olhava bem dentro dos olhos da gente. Não sei se ela via muita coisa, mas ficava assim durante um longo tempo.

Olhar hipnotizador
Também começou a negacear cedo, um mini toco de gata e já mirava meus pés como presas. Entrava no meu chinelo (croc), rolava, dava uns saltinhos, era um prenúncio do que seria mais tarde.

Pequenez e carequice...
Esta fase do banheiro foi bem difícil. Isolar as duas gatas, eu não tinha experiência nisso, madrugadas de mamadeira e, principalmente, até ali, eu não tinha intenção de ficar com a Benta. Estava em uma situação bem complexa, desempregada e em total instabilidade de vida. Mais uma gatinha bebê? Hmmm...situaçãozinha complicada e que ia ficar pior na próxima etapa: liberar a Benta do banheiro e apresentá-la à casa e à Mel...